Bispo diocesano, Dom José Luiz Gomes de Vasconcelos preside rito de Dedicação de Igreja e Sagração do Altar na Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Massapê/CE
Ocorreu na quinta-feira (23), às 18h30, na Igreja Matriz de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, no centro da cidade de Massapê, a Sagração do Altar e Dedicação da Igreja. O Rito de Dedicação, uma das mais belas e significativas cerimônias católicas, foi presidido pelo Bispo diocesano, Dom José Luiz Gomes de Vasconcelos, e concelebrada por Pe. Marcos Neves, Pároco da Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, e Pe. Denilson de Sousa, Reitor do Seminário de Filosofia São João Paulo II.
O rito de dedicação de um templo é bastante antigo e remete a costumes do período anterior ao cristianismo. A bíblia narra que Salomão, por ordem de Deus, consagrou solenemente o templo de Jerusalém. Para a Igreja Católica, sagrar uma construção ou reforma é algo muito sério, destinado a poucas edificações, e que merece atenção não apenas no dia da cerimônia. A comunidade, tem a obrigação de celebrar, todos os anos, o aniversário de sagração de sua igreja, cuja solenidade possibilita aos fiéis ficarem mais enriquecidos na fé. O rito de sagração é realizado pelo bispo diocesano, o altar deve ser de pedra, em geral de mármore, que depois de sagrado não poderá mais ser removido ou demolido. Nas paredes do templo são afixadas doze pedras circulares com uma cruz ao centro que simbolizam os doze apóstolos, colunas mestras de nossa igreja. Sob estas pedras doze candelabros, cujas velas devem ser acesas no dia do aniversário de sagração. Pois, as velas acesas lembram que nós também somos pedras vivas, e que, assim como o tempo passa e os anos contados aumentam, nossa fé também aumenta. Durante a sagração, o altar e cada uma das doze pedras são ungidas com o óleo do Crisma. O Santo Crisma recorda a vinda do Espírito Santo que penetra as pessoas como o óleo impregna a cada um deles que o toca. Ele faz com que pessoas sejam ungidas com a unção real, sacerdotal e profética de Jesus Cristo.
Durante a bênção da água e aspersão, a água é benta e aspergida sobre o altar e as paredes do templo a fim de purificá-los, bem como nos fiéis ali presentes em sinal de penitência e em lembrança do Batismo. No que se refere as Santas relíquias, o costume de colocar relíquias de santos sob o altar originou-se nos primeiros séculos da Igreja, nos espaços limitados e recônditos das Catacumbas, onde se tornou habitual celebrar a Missa sobre a pedra tumular de um mártir. Após a prece de dedicação, o altar é ungido, nos quatro ângulos e no centro são traçados cruzes, com o santo crisma, que simbolizam as cinco Chagas do próprio Cristo. Em seguida a unção do altar, são ungidas as pedra nas paredes da igreja. Depois do rito da unção, colocou-se sobre o altar um fogareiro para queimar o incenso, sinal de que o sacrifício de Cristo, perpetuado aqui sacramentalmente, sobe até Deus como suave aroma, junto com as orações dos fiéis. Em seguida, o celebrante incensa o próprio altar, e percorre-se então a igreja incensando o recinto e os fiéis. Procede-se, então, a iluminação festiva da igreja, pois Cristo é a Luz que ilumina as nações. Todas as velas e as 12 tochas, colocadas no lugar das unções, são acesas em sinal de alegria. Estas doze tochas, simbolizam uma vez mais os Apóstolos, que pela Fé no Crucificado iluminaram o Universo, o instruíram e o inflamaram de amor.
Prosseguindo com as comemorações foi instalado e abençoado o novo sacrário da paróquia do Santíssimo da Matriz. O local, considerado o novo Santo dos Santos por conter a Santa Reserva Eucarística, agora recebe uma estrutura em estilo de arte sacra típico do Brasil colonial e que já incorpora o presbitério da Igreja, com o Altar, ambão, sédia, credência e outros paramentos litúrgicos.
Fotos: Marcildo Brito – Jornal Correio da Semana