Na próxima quarta-feira, 1º de setembro, a Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Missionária e Cooperação Intereclesial da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e a Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que sofre (ACN), convidam todos os cristãos de boa vontade a rezar pelo Afeganistão em mais uma edição da Jornada de Oração e Missão pela Paz.
Desta vez, a corrente de oração se faz ainda mais importante pois o povo afegão tem vivido desde 15 de agosto, quando o Talibã tomou a capital Cabul, dias de guerra com muitas mortes e violência. O grupo islâmico vem reconquistando territórios no Afeganistão desde maio, quando os Estados Unidos começaram o processo de retirada dos militares norte-americanos da região depois de 20 anos de ocupação.
Segundo o Vatican News, o Talibã é um regime que infelizmente entrou para a história, caracterizado por uma visão fortemente conservadora do Islã. Desde a invasão soviética em 1979, o Afeganistão não conhece a paz e agora o país sofre mais uma vez com a guerra, o exílio forçado e a fome.
O arcebispo do Luxemburgo e presidente da Comissão dos Episcopados Católicos da União Europeia (COMECE), dom Jean-Claude Hollerich, disse ao Vatican News nesta quinta-feira, 26 de agosto, que os bispos da UE estão preocupados com as pessoas “que estão desesperadas e querem sair do Afeganistão”, com medo da opressão, e pede compaixão e acolhimento.
“É muito claro que os Estados da União Europeia – e a própria União Europeia – têm de fazer tudo o que é possível para salvar o maior número de pessoas e também para recebê-los dentro dos países membros”, disse dom Jean-Claude.
No Afeganistão não tem representação católica. Apenas a Missio sui iuris no Afeganistão – missão independente comandada pelo padre barnabita Giovanni Scalese, que depois de quase sete anos no país asiático, voltou à Itália e, com ele, outros católicos, como as irmãs de várias Congregações que até agora exerciam seu silencioso, mas frutífero serviço e cuidado com os mais frágeis. O sacerdote foi repatriado como milhares de pessoas forçadas a fugir depois que o Talibã assumiu o poder.
Em entrevista ao Vatican News, nesta sexta-feira, 27 de agosto, padre Giovani disse que se houver condições, eles vão retornar a Cabul. “Se nos for dada a possibilidade de regressar, por que não? Não cabe a nós decidir quem deve governar o país”.
O religioso contou que conclui uma presença iniciada por desejo do Papa Pio XI há cem anos no país asiático. Segundo ele, em 13 de outubro de 2017, “consagramos a missão e o Afeganistão” ao Imaculado Coração de Maria. Estou “convencido de que Nossa Senhora zelará por este país como ela zelou por nós”, disse padre Giovanni
A Jornada de Oração e Missão faz parte de uma série, que coloca o valor da oração como “agir missionário” e propõe que cada cristão católico dedique um tempo do dia para rezar pelo país. Faça parte desta corrente de oração e nas redes sociais utilize a hashtag #rezepeloafeganistao.
Fonte: Site CNBB