A imponente Sé Catedral de Nossa Senhora da Conceição realizou de 28 de novembro a 08 de dezembro, a festa da excelsa padroeira da Diocese de Sobral, a Imaculada Conceição de Maria. Com o tema: “Ouvirão a minha voz, então haverá um só rebanho, um só pastor”. (Jo 10, 16b) paroquianos, devotos (as) e convidados participaram dos dez dias de festa dedicada a virgem Maria pura e sem mancha do pecado original.
De acordo com o encontro formativo publicado pela Canção Nova, a festa litúrgica celebrada, exalta uma das grandes maravilhas da história de nossa salvação: a Imaculada Conceição de Maria. Durante toda a sua vida terrena, Maria foi livre da mancha do pecado. Essa verdade, reconhecida pela Igreja de Cristo, é muito antiga.
Porém, em Sobral, a Catedral de Nossa Senhora da Conceição, tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), ostenta um arco de pedraria lavrada em liós, importado de Portugal, um conjunto de portas almofadas ressaltadas e um lampadário em prata aceso em guarda do túmulo de um dos mais ilustres filhos da cidade, Dom José Tupinambá da Frota. Com obra iniciada em 1778 e concluída em 1781, a antiga Igreja de Nossa Senhora da Conceição da Caiçara segue a linha das Igrejas Barrocas com uma bela imagem em madeira da Imaculada Conceição, além de Jesus dos Passos, Senhor Morto e artes sacras do início do século XIX.
Os devotos entoaram louvores e cânticos neste dia festivo da Solenidade da Imaculada Conceição, em 08 de dezembro. A solene celebração eucarística das 16h foi presidida pelo bispo diocesano, Dom José Luiz Gomes de Vasconcelos. E teve como concelebrantes: Monsenhor Agnaldo Temóteo, vigário geral; Pe. José Canafístula, pároco da paróquia da Sé e cura da Catedral; Pe. Denilson de Sousa, vigário paroquial e reitor do Seminário maior de Filosofia São João Paulo II; Pe. Bruno de Araújo, reitor do Seminário Propedêutico São José; e contou com o auxílio do diácono permanente, Edmar Filho. Houve quatro missas durante todo o dia na Igreja Catedral, às 6h30, 9h, 16h e 18h30.
A homilia de Dom Vasconcelos foi marcada pela explanação do mistério virginal de Maria, na qual Deus já tinha premeditado a sua vida desde a sua concepção. “Foi Deus que nos chamou para a vida, então, se ele pensou em cada um de nós antes que nós nascêssemos Deus também pensou em Maria. No início da humanidade quando Adão e Eva pecaram, Deus profetizou que uma mulher ia esmagar a cabeça da serpente, portanto, nós somos filhos adotivos de Maria. Em Maria, a nova Eva, a promessa se realizará. Eva se tornou a mãe dos viventes, que tira todo o pecado do mundo e dá a vida aqueles que o recebem. Reconhecer que Maria é proclamada desde a sua Conceição é reconhecer que Deus faz grandes coisas. Todos nós somos chamados a ser santos e imaculados, por isso nosso constante pedido: “Oh Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós!”, disse.
Nas preces, o bispo diocesano pediu pelo povo que sofre com a guerra, pela vida, para que as pessoas não sejam a favor do aborto e para que Deus derrame graças na vida daqueles que mais necessitam.
Tradicionalmente os fiéis saíram em procissão após a missa das 16h com a imagem francesa da virgem da Conceição pelas principais ruas do centro da cidade, como: Oriano Mendes, Avenida Dr. Guarany (Arco de Nossa Senhora de Fátima) e Rua do Menino Deus. Com a meditação dos mistérios dolorosos e cânticos de veneração a virgem santíssima, uma mutidão acompanhou a procissão que findou na Catedral. Todos foram recebidos com fogos de artifício e a imagem ornada adentrou a nave central da Catedral ao som do hino da padroeira.
A missa de encerramento, às 18h30, foi presidida por Pe. José Canafístula e concelebrada pelo vigário paroquial, Pe. Denilson de Sousa. Após a missa, houve o arreamento da bandeira.
Thais Helena
Redação Jornal Correio da Semana
Fotos – Marcildo Brito
Jornal Correio da Semana