Quarta-feira, Dezembro 11
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HOMILIA DIÁRIA com Pe. Eufrázio Filho – 18/08 (quarta-feira)

20ª Semana do Tempo Comum | Quarta-feira

 

Primeira Leitura (Jz 9,6-15)

Leitura do Livro dos Juízes.

Naquele tempo, 6todos os habitantes de Siquém e os de Bet-Melo se reuniram junto a um carvalho que havia em Siquém e proclamaram rei a Abimelec. 7Informado disso, Joatão foi postar-se no cume do monte Garizim e se pôs a gritar em alta voz, dizendo: “Ouvi-me, moradores de Siquém, e que Deus vos ouça.

8Certa vez as árvores resolveram ungir um rei para reinar sobre elas, e disseram à oliveira: ‘Reina sobre nós’. 9Mas ela respondeu: ‘Iria eu renunciar ao meu azeite, com que se honram os deuses e os homens, para me balançar acima das árvores?’

10Então as árvores disseram à figueira: ‘Vem e reina sobre nós’. 11E ela lhes respondeu: ‘Iria eu renunciar à minha doçura e aos saborosos frutos, para me balançar acima das outras árvores?’

12As árvores disseram então à videira: ‘Vem e reina sobre nós’. 13E ela lhes respondeu: ‘Iria eu renunciar ao meu vinho, que alegra os deuses e os homens, para me balançar acima das outras árvores?’

14Por fim, todas as árvores disseram ao espinheiro: ‘Vem tu reinar sobre nós’. 15O espinheiro respondeu-lhes: ‘Se deveras me constituís vosso rei, vinde e repousai à minha sombra; mas se não o quereis, saia fogo do espinheiro e devore os cedros do Líbano!’

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

 

 

 

Responsório (Sl 20)

— Ó Senhor, em vossa força o rei se alegra.

— Ó Senhor, em vossa força o rei se alegra.

— Ó Senhor, em vossa força o rei se alegra; quanto exulta de alegria em vosso auxílio! O que sonhou seu coração, lhe concedestes; não recusastes os pedidos de seus lábios.

— Com bênção generosa o preparastes; de ouro puro coroastes sua fronte. A vida ele pediu e vós lhe destes, longos dias, vida longa pelos séculos.

— É grande a sua glória em vosso auxílio; de esplendor e majestade o revestistes. Transformastes o seu nome numa bênção, e o cobristes de alegria em vossa face.

Evangelho (Mt 20,1-16a)

— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.

— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos esta parábola: 1“O Reino dos Céus é como a história do patrão que saiu de madrugada para contratar trabalhadores para a sua vinha. 2Combinou com os trabalhadores uma moeda de prata por dia, e os mandou para a vinha. 3Às nove horas da manhã, o patrão saiu de novo, viu outros que estavam na praça, desocupados, 4e lhes disse: ‘Ide também vós para a minha vinha! E eu vos pagarei o que for justo’. 5E eles foram. O patrão saiu de novo ao meio-dia e às três horas da tarde, e fez a mesma coisa. 6Saindo outra vez pelas cinco horas da tarde, encontrou outros que estavam na praça, e lhes disse: ‘Por que estais aí o dia inteiro desocupados?’ 7Eles responderam: ‘Porque ninguém nos contratou’. O patrão lhes disse: ‘Ide vós também para a minha vinha’. 8Quando chegou a tarde, o patrão disse ao administrador: ‘Chama os trabalhadores e paga-lhes uma diária a todos, começando pelos últimos até os primeiros!’

9Vieram os que tinham sido contratados às cinco da tarde e cada um recebeu uma moeda de prata. 10Em seguida vieram os que foram contratados primeiro, e pensavam que iam receber mais. Porém, cada um deles também recebeu uma moeda de prata. 11Ao receberem o pagamento, começaram a resmungar contra o patrão: 12‘Estes últimos trabalharam uma hora só, e tu os igualaste a nós, que suportamos o cansaço e o calor o dia inteiro’.

13Então o patrão disse a um deles: ‘Amigo, eu não fui injusto contigo. Não combinamos uma moeda de prata? 14Toma o que é teu e volta para casa! Eu quero dar a este que foi contratado por último o mesmo que dei a ti. 15Por acaso não tenho o direito de fazer o que quero com aquilo que me pertence? Ou estás com inveja, porque estou sendo bom?’ 16aAssim, os últimos serão os primeiros, e os primeiros serão os últimos”.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.

HOMILIA
Liturgia de hoje (Juízes 9,6-15). “Dissestes: um rei nos governará, no entanto, o Senhor é o vosso rei”. Depois de suas vitórias, Gedeão recusara que o fizesse rei, ou a um de seus filhos porque na concepção do deuteronomista e de Gedeão existe uma grande verdade: o verdadeiro rei de Israel é Deus. Eram desta forma contestado os reis que se esqueciam do Senhor. Por quarenta anos Gedeão guiou a Israel sem a pretensão de ser rei. Depois de sua morte, Abimelec, seu filho, matou seus irmãos menos Jatobá que fugiu e fez-se proclamar rei. A fábula que Joatão conta, mostra a má escolha do povo e a má sorte que lhe advirá. Quantas vezes fazem os homens, más escolhas por motivos maus, e elegem chefes malvados, dos quais deverão depois suportar vexames e violências. Os bons, os moderados, os generosos são postos a margem porque se recusam a comandar; pelo contrário, os fraudulentos, os falsos (o espinheiro não dá sombra), obtém o comando e usa de arbitrariedade.
As leituras da missa de hoje nos mostram que na lógica do Reino de Deus, reinar é servir e servir é reinar. Quem é chamado a exercer funções importantes como as de governo precisam enxergar que estas não podem ser aproveitadas para obter privilégios. São sobretudo, ocasião de renúncia e sacrifício em favor do bem comum. A igreja nos ensina que a política deveria ser a forma da suprema caridade. Infelizmente muitas vezes não é assim. Aos que servem o Reino, Jesus os chama de amigos e lhes confere uma dignidade imensa, não há espaços para privilégios e reinvindicação de direitos como nos fala hoje a parábola dos operários da última hora. O importante não é quem chegou em primeiro e sim, quem serve com amor. Os que foram chamados primeiro tiveram inveja porque os últimos receberam a mesma quantia. “És invejoso porque eu sou bom? (Mateus 20, 1-16).
O chamado de Deus iguala as condições no trabalho e na retribuição. Ter inveja dessa doação total a cada um é afastar-se dele. A Igreja classifica a inveja como pecado capital, muitos males provem dela. No livro da sabedoria nos é dito que foi por causa da inveja que o demônio levou ao pecado nossos primeiros pais no início da história da humanidade. “É por inveja do demônio que a morte entrou no mundo” (sabedoria 2,23-24). Santo Agostinho dizia que: “A inveja é o pecado diabólico por excelência” e a ela se referia como “o caruncho da alma que tudo rói e reduz ao pó” O que é a inveja? É não querer ver o bem do outro, experimentar desagravo com o bem do outro, pelo sucesso alheio e até pelas qualidades espirituais ou morais dos outros. A inveja é um pecado mortal por natureza, porque se opõe diretamente a virtude da caridade, que requer que nos alegremos com o bem alheio, quanto mais importante for o bem invejado, mas grave é o pecado. A inveja suscita sentimento de ódio, o desejo de destruir o outro porque o invejoso sempre olha o outro como adversário, como uma ameaça. São Leão Magno dizia: “Quando todos estivermos cheios de sentimentos de benevolência, o veneno da inveja desaparecerá inteiramente”, por sua vez São João Crisóstomo (404) o grande Patriarca e doutor da Igreja, chamado de “boca de ouro” mostra bem o perigo da inveja para a vida cristã: “Nós nos combatemos mutualmente e é a inveja que nos arma uns contra os outros. pois bem, alegrai-vos com o progresso do vosso irmão e imediatamente Deus será glorificado em vós”.
Rezemos pelo povo do Afeganistão que enfrenta situação difícil com a tomada de poder por parte do grupo talibã que cercou Cabau, a capital.
Paz e Bem para todos. Padre Pio rogai por nós!
Pe. Eufrázio Filho

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